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sexta-feira, novembro 01, 2013

Único lar da Segurança Social em Évora vai encerrar por falta de condições

O Lar dos Pinheiros, único lar gerido pela Segurança Social em Évora, vai fechar portas no final do ano.

Maria Rosa Pãozinho, uma das trabalhadoras da instituição, referiu à agência LUSA que a informação de encerramento do lar tinha sido prestada pela Directora do Centro Distrital de Évora da Segurança Social, na semana passada, durante uma reunião com as funcionárias.
A mesma funcionária adiantou ainda que não foi dado "qualquer tipo de resposta ao nível de trabalho" às 16 assistentes operacionais do lar, o que provocou "uma preocupação enorme" nas trabalhadoras, devido à crise que o país atravessa.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas realça que as trabalhadoras do sector privado do lar vão "engrossar as listas do desemprego" e às funcionárias da Segurança Social "é-lhes sugerida a rescisão por mútuo acordo ou a eventual deslocação" para outras instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do distrito.
"Estas trabalhadoras são funcionárias públicas há muitos anos. Foi-lhes roubado o vínculo de nomeação para que agora sofram a ameaça do desemprego. É inaceitável tanta falta de respeito pela vida dos trabalhadores", pode ler-se no documento.
O sindicato responsabiliza o Centro Distrital da Segurança Social e o Governo pelos "prejuízos causados às trabalhadoras, aos utentes e aos familiares do Lar dos Pinheiros", exigindo que o equipamento seja "intervencionado" para manter "as condições necessárias aos seus utentes e trabalhadores".
Com os familiares dos idosos, as conversas da Segurança Social foram individuais, tendo a mudança sido justificada com a falta de condições do edifício. A Segurança Social assegura a colocação dos utentes num novo espaço, mas a 30 quilómetros de Évora, o que deixa apreensão nos familiares.
O Lar dos Pinheiros tem 50 utentes e as funcionárias asseguram que os próprios idosos não gostaram da notícia.
O Instituto da Segurança Social argumenta a decisão com o Programa de Emergência Social, que até ao fim do ano terá transferidas 29 instituições do Estado para as IPSS.

Texto: Pedro Soeiro c/ LUSA e RTP | Imagem: DR

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