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terça-feira, maio 07, 2013

Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Évora parada metade do tempo por dificuldades financeiras


A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Évora está inoperacional em quase metade dos turnos, traduzindo as "proporções alarmantes" que estão a tomar as dificuldades financeiras no sector da saúde. Esta denúncia foi feita no dia de ontem, segunda-feira, pela Ordem dos Médicos.

Numa reacção à agência Lusa, o Hospital Espírito Santo de Évora confirmou a inoperacionalidade da VMER, indicando como causa principal a falta de médicos.
José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, afirmou em comunicado, que os "problemas e dificuldades financeiras" do Serviço Nacional de Saúde "começam a atingir proporções alarmantes, originando falhas nas circunstâncias mais delicadas e sensíveis, que podem fazer a diferença entre a vida e a morte".
Como exemplo refere o caso da VMER de Évora, "que está inoperacional em 40% a 50% dos turnos", deixando os cidadãos do distrito de Évora "sem nenhum meio qualificado de emergência médica pré-hospitalar".
De acordo com a escala de médicos da VMER daquele hospital para o mês de Maio, em 17 dos 31 dias há turnos por preencher.
Através de uma nota enviada à Lusa, o Hospital Espírito Santo de Évora reconhece que a viatura de emergência médica pré-hospitalar "não tem operacionalidade a 100% assegurada, por falta de médicos". Sem avançar uma data precisa, a unidade hospitalar promete regular a situação a curto prazo.
O hospital adianta que os médicos que se mostraram interessados em prestar serviço na VMER estão, desde finais do ano passado, a receber a devida formação.
Para o bastonário da Ordem dos Médicos, o caso da VMER de Évora explica-se por "o Ministério da Saúde continuar a privilegiar as contratações através de empresas fornecedoras de mão-de-obra, em vez de contratar directamente os profissionais devidamente qualificados de que necessita".
Considerando a situação “desumana e intolerável”, José Manuel Silva afirma que "quem sofre são os doentes”.
Segundo o bastonário, há ainda uma circunstância que "agrava" a situação destes cidadãos e que se prende com o facto de não haver substituição do Conselho de Administração do Hospital do Espírito Santo de Évora, há vários meses em gestão corrente.
O bastonário questiona, a propósito, se o Ministério assumirá a responsabilidade pela morte de algum cidadão por este motivo e questiona quando estará resolvida a situação.

Texto: Pedro Soeiro c/ Lusa | Imagem: DR

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