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quarta-feira, março 14, 2007

Conversa na Cadeia Quinhentista


Dia 17 de Março, pelas 16h, no Restaurante “A Cadeia Quinhentista”, a Câmara Municipal de Estremoz através do seu Museu Municipal, vai apresentar uma “Conversa à volta de Dr. Rafael Salinas Calado”. Este evento enquadra-se na exposição temporária “Pedro Louceiro – 50 anos de Alternativa”.O Dr. Rafael Salinas Calado, que faleceu a 26 de Dezembro de 2006, contando com apenas 69 anos, foi um dos maiores especialistas em cerâmica que Portugal já conheceu e um dos maiores amigos da cidade de Estremoz e do seu Museu Municipal.Foi fundador e Director do Museu Nacional do Azulejo, Conservador do Museu Nacional de Arte Antiga, e escreveu, e colaborou ainda num número maior de obras sobre cerâmica. De norte a sul de Portugal, era um especialista que estava permanentemente a ser solicitado para tudo o que se fazia sobre este tipo de arte em Portugal, pelo que qualquer biografia que lhe seja feita a título póstumo, pecará sempre por omissão.A ligação desta personalidade a Estremoz e ao Museu Municipal tem inicio na primeira metade da década de 70 do século XX, quando foi convidado a vir a esta cidade para delinear e montar a exposição permanente de Bonecos de Estremoz (comprada em 1971 a Júlio Maria dos Reis Pereira) nas salas onde ainda hoje está. Nos nossos dias essa sua exposição ainda apresenta, grosso modo, a forma como este pensou a explanação dos bonecos naquelas exíguas salas. As próprias vitrines, ainda hoje com um design original, são obra sua.Nesse momento cimentou uma grande amizade com Joaquim Vermelho, Francisco Rodrigues e com a cidade de Estremoz, ficando a colaborar com o Museu desde então.É graças à sua acção que Per-Uno Ägren, o museólogo sueco que veio auxiliar a renovar o panorama museológico nacional após a Revolução dos Cravos, conhece a realidade de Estremoz, nomeadamente do seu Museu Municipal. Com Rafael Calado o museólogo sueco visita Estremoz, o qual vendo o trabalho que estava a ser realizado pelo grupo de Dinamização Cultural local associado ao Museu, nomeadamente em Santa Vitória do Ameixial, nomeia o Museu de Estremoz, como Museu Piloto da experiência museológica que pretendia levar a efeito em Portugal.Apesar do projecto ter falhado, não cessou aqui a colaboração com o Museu. Durante os anos 80 e 90, sempre que lhe solicitavam, Rafael Calado dava a sua preciosa ajuda a Estremoz, auxiliando em exposições temporárias e em pareceres técnicos. Nos anos 80 desenha as vitrines que expõem ao público a colecção de artesanato do Museu Municipal (colecções de artesanato de Velhinho, Vinagre e Amaral). Auxilia também na montagem dessa exposição permanente.Na década actual deu o seu precioso contributo na montagem da exposição de homenagem a Joaquim Vermelho, em 2003. Colaborou, sempre de forma desinteressada materialmente, na avaliação da colecção de Sabina Santos e de um Presépio feito ao modo de Estremoz que uma família de Vila Viçosa quis vender à CME. Este ano auxiliou-nos na nossa participação na exposição internacional de Presépios de Grottaglie e colocou à disposição do município de Estremoz uma exposição (que veio a ser a última que delineou!) que comissariou em Sousel, povoação onde preparava desde há alguns anos o Museu dos Cristos.
A exposição é sobre a vida do cavaleiro tauromáquico souselense Pedro Louceiro, a qual está actualmente patente na Galeria Municipal D. Dinis até 07 de Abril.
O evento conta com o apoio do Restaurante “A Cadeia Quinhentista”.

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